segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Solidão Imposta.

Não é um vazio,
mas um peso dentro do peito.
Esmaga o coração,
cria uma dor que eu não sei por que dói.
Eu apenas sei que dói.
A dor exige que eu me afaste do mundo,
que fique só, e é aí que ela incomoda ainda mais.
Sem forças, eu não resisto.
Resigno-me e obedeço.
Fico só.
Me sinto só.
É assim que a dor
quer que eu me sinta.
Enfraqueço mais.
Continuo só.
Só... Com a minha dor.
Em certo instante,
crio um pouquinho só de coragem,
o suficiente para erguer a mão
e procurar por companhia.
Mas a dor não me permite ser clara.
Não permite que eu grite
que eu não quero mais ficar sozinha.
E tudo o que sai de minha boca
é exatamente o oposto daquilo
que eu quero.
São nestas horas
que eu mais preciso que alguém
preste atenção em meus olhos.
Porque os meus olhos,
ah, estes nunca mentem.
O meu olhar,
a dor ainda não consegue controlar.
E tudo o que ele passa,
é exatamente aquilo que eu gostaria
tanto de poder gritar:
Que eu não quero, de verdade,
ficar sozinha. 

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